segunda-feira, 20 de março de 2017

Odebrecht diz ter acertado R$ 50 milhões em propina para Aécio



Em delações premiadas negociadas junto à Lava Jato, o ex-presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht e outros executivos do grupo disseram ter acertado, junto com a Andrade Gutierrez, o repasse de R$ 50 milhões ao senador Aécio Neves (PSDB) após vencerem o leilão para a construção da hidrelétrica Santo Antônio, em Rondônia, em dezembro de 2007. As informações são do jornal “Folha de S.Paulo”.
De acordo com os relatos, que embasaram um pedido de inquérito enviado pela Procuradoria Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Odebrecht se comprometeu a pagar R$ 30 milhões, e a Andrade Gutierrez se encarregou dos R$ 20 milhões restantes. Os delatores não esclareceram se os valores foram efetivamente pagos e nem mesmo utilizaram a palavra “propina” para defini-los. Eles disseram, porém, que fizeram o “acerto” para ter boa relação com suas duas sócias na obra: Furnas e Cemig. Para eles, se houvesse problemas com essas empresas durante a construção da hidrelétrica, o tucano poderia ajudá-las.
Quando o leilão da usina no rio madeira foi feito, em 2007, Aécio era governador de Minas Gerais, que controla a Cemig, um das empresas que integram o consórcio vencedor da disputa. Além disso, embora opositor do governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), teria influência sobre o principal investidor da usina, a estatal Furnas, principal acionista da Santo Antônio Energia, com 39% do capital. Odebrecht e Andrade Gutierrez detêm, respectivamente, 18,6% e 12,4% das ações. Um fundo da Caixa Econômica Federal controla 20%, enquanto a Cemig tem 10%. A construção da hidrelétrica custou R$ 20 bilhões.
Por meio de sua assessoria de imprensa, o senador disse que “é absolutamente falsa a pretensa acusação.” “A licitação da obra da usina de Santo Antônio foi realizada pelo governo federal sem qualquer influência do governo de Minas, destacou Aécio, via assessoria.
Aécio diz que “como atestado inclusive por matéria publicada sobre o assunto, os supostos recursos, se verdadeiramente mencionados na delação, não se referiam a propina e não é sabido sequer se teriam sido pagos”.
Se a pretensa influência do senador junto a Furnas refere-se à presença na empresa do diretor mineiro Dimas Toledo, basta dizer que o diretor em questão deixou a estatal federal em 2005 e a licitação da usina de Santo Antônio ocorreu dois anos depois, em 2007.
Fonte: O Tempo

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